terça-feira, 1 de abril de 2008

Análise do texto "A Grande Matriz"

Por André Luiz

A internet, não se pode negar, democratizou o acesso à informação, derrubou fronteiras, mudou comportamentos. Vivemos numa aldeia global na qual o tempo e o espaço desaparecem. Nesse ambiente qualquer um pode dizer o que pensa. Estamos conectados à grande rede. Diante da tela do computador podemos navegar livremente pelo planeta. No entanto, o ciberespaço está cheio de armadilhas que podem causar sérios danos aos mais incautos.

André Machado convida a uma reflexão sobre o meio eletrônico, suas facilidades e males, por estar em constante transformação. Em "A Grande Matriz" (O Globo, 23 mar 2008), o jornalista chama a atenção para a turbulência provocada pela avalanche de versões de softwares, websites, blogs e comunidades de relacionamentos. O real ganha uma nova forma de vida no mundo virtual. No Second Life é possível se fazer praticamente qualquer coisa que a imaginação e a criatividade permitirem, mas com um impacto muito real.

Entre os problemas listados pelo autor, estão a vulnerabilidade dos computadores pessoais, que se constituem em nódulos da gigantesca teia. Os cibercrimes têm causado prejuízos. Os crakers enviam programas destrutivos e maliciosos para furto de senhas e atacam contas bancárias. Os temidos spywares chegam camuflados em inocentes mensagens do correio eletrônico. Em pouco tempo, todos os dados pessoais ou das empresas, como um cadastro de clientes, são transferidos sem que se saiba o que está acontecendo. Além disso, os spammers compram ou rastreiam nos websites os cadastros de e-mails.

A variedade de softwares causa mais dúvida ao usuário do que oferecem segurança. A aquisição de algum tipo de programa vulnerável colabora com a exploração remota. Um atacante se aproveita de tal vulnerabilidade para obter acesso ao computador. Entre mensagens mais usadas, estão as que fingiam ser da Receita Federal, para roubo de CPF, e da TAM, que conteria um link para o vídeo do acidente envolvendo a empresa na capital paulista.

Apesar de tudo, a Internet não deixa de ser um maravilhoso meio de comunicação. A qualquer momento se pode acessar a página eletrônica de jornais e revistas, de qualquer parte do mundo, tendo apenas que superar a barreira da língua e atualizar-se com os fatos mais importantes, on-line, sem ter que esperar pelos noticiários do rádio e ou da TV. O meio eletrônico permite a interatividade, o que não é possível nas mídias tradicionais. O leitor pode postar seu comentário e participar como produtor da informação. O sujeito passa da condição passiva de receptor de informação para a posição de sujeito-produtor.

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